O papel essencial do PBM durante a pandemia

As medidas para combater a COVID-19 afetaram gravemente a disponibilidade de produtos sanguíneos em todo o mundo e forçaram muitos estabelecimentos de saúde a cancelar procedimentos cirúrgicos eletivos e restringir cuidados não essenciais. Uma estratégia inovadora usada pelos hospitais para ajudar a gerenciar a escassez resultante no suprimento de sangue tem sido o uso ampliado de programas de Patient Blood management (PBM).

Grandes hospitais da cidade de Nova York adotaram várias estratégias para estabilizar seu suprimento de sangue, incluindo incentivar e apoiar a doação de sangue, diversificar os fornecedores de sangue, aprimorar a auditoria e a triagem de pedidos de fornecedores de hemocomponentes e aumentar a educação sobre as práticas de PBM – um conceito para evitar transfusões desnecessárias, incluindo o uso individualizado de concentrados de fator de coagulação.

“Fiquei muito preocupado quando os hospitais locais tiveram escassez de sangue devido à diminuição da oferta. Muitos doadores de sangue não se sentiam à vontade para doar no início da pandemia devido a questões de segurança. O trabalho remoto, a doença COVID-19 em doadores e funcionários e os limites no número de pessoas permitidas em espaços públicos como, faculdades, hospitais e empresas, tudo isso fez com que houvesse redução na capacidade de obter grandes fontes de sangue”, explica Melissa Cushing, diretora de Laboratórios Clínicos e Diretora da Divisão de Medicina Transfusional em um grande centro médico acadêmico na cidade de Nova York e consultor da Octapharma. 

A substituição de hemocomponentes convencionais por fatores de coagulação purificados, como concentrado de fibrinogênio, foi um passo natural.

Muitos hospitais estão usando concentrados de fator em casos de trauma, hemorragia pós-parto, cirurgia cardíaca e transplantes de fígado para fornecer ressuscitação hemostática potente de baixo volume. “Hospitais aptos a utilizar o concentrado de fibrinogênio, foram capazes de superar a escassez de sangue induzida pela pandemia, sem nenhuma escassez de crioprecipitado”, diz o Dr. Cushing.

“Os serviços de transfusão na cidade de Nova York trabalharam no lançamento de uma campanha de comunicação para educar nossos médicos sobre a escassez de sangue e pediram aos provedores que reconsiderassem a necessidade de cada pedido de transfusional”, acrescenta ela. “Olhando agora para trás, aprecio muito a vantagem de ter um forte programa PBM entrando na pandemia, com um forte comitê PBM disposto a expandir e apoiar a iniciativa durante a pandemia. No final, o PBM melhora os resultados dos pacientes e provou ser mais importante do que nunca durante a pandemia!”