A Octapharma reporta dados positivos sobre o uso de octagam® em pacientes críticos com COVID-19

Lachen, Suíça
15/07/2020
Comunicado de imprensa
  • O estudo sugere que a imunoglobulina intravenosa (IVIG) aumenta a sobrevivência em pacientes com COVID-19 em estado crítico que necessitem de intubação com ventilação mecânica

  • A sobrevida geral foi de 60,8% no grupo tratado com IVIG (octagam® 5%), contra 38,1% do grupo controle que não recebeu IVIG, correspondendo a uma tendência 2,2 vezes menor do risco de morte ao receber o tratamento da IVIG

  • Os efeitos da IVIG na COVID-19 podem estar relacionados às suas atividades imunomoduladoras conhecidas em várias doenças autoimunes

Os principais resultados do estudo retrospectivo em 93 pacientes com COVID-19 em estado crítico tornaram-se disponíveis. Os dados mostram que o tratamento com IVIG reduz a inflamação, que está associada a desfechos clínicos insatisfatórios e morte, e aponta para um aumento na sobrevida, em pacientes com COVID-19 gravemente enfermos, quando comparados a um grupo controle. O estudo foi conduzido no Hospital Universitário de Istambul, Turquia, sob a liderança do Prof. Dr. Figen Esen

Em pacientes com COVID-19 em estado crítico, a causa da morte frequentemente implica uma resposta imune pulmonar anormal. Essa resposta imune anormal é caracterizada por altos níveis de marcadores inflamatórios, que estão associados a piores resultados clínicos.1, 2

A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) e a falência múltipla de órgãos são as principais causas de mortalidade em pacientes com COVID-193. Altos níveis de citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias são parte de uma resposta inflamatória grave conhecida como “aumento exponencial de citocinas” que pode causar disfunção múltipla de órgãos e SDRA em pacientes com COVID-19 gravemente doentes.4

Não há tratamento eficaz conhecido para pacientes infectados com COVID-19, exceto para remdesivir e dexametasona.

O tratamento precoce de pacientes com COVID-19 com moduladores imunológicos sistêmicos, como a IVIG, pode reduzir as respostas imunes anômalas e as respostas inflamatórias subsequentes, que são observadas nos estágios graves da SDRA e que podem causar danos pulmonares duradouros e morte.5, 6

Foi comprovado que a IVIG protege contra infecções em pacientes imunodeficientes e também tem sido cada vez mais reconhecido seus efeitos imunomoduladores e anti-inflamatórios. Embora o mecanismo de ação da IVIG não seja completamente compreendido, ele pode modular a resposta imune por meio de vários mecanismos, incluindo o bloqueio de uma ampla gama de citocinas pró-inflamatórias que podem levar a respostas inflamatórias graves, incluindo o aumento exponencial de citocinas, bem como a ligação Fc-gama ao receptor de macrófagos ativados)4.

Octagam® (5% e 10%) é uma preparação polivalente de IVIG aprovada em mais de 80 países em todo o mundo para o tratamento de imunodeficiências e outras doenças imunológicas.

Existe a hipótese de que o octagam® possa tratar pacientes com COVID-19 em estado crítico, reduzindo e/ou prevenindo a hiperinflamação, conforme observado em doenças graves.4

No estudo do Hospital da Universidade de Istanbul, o octagam® 5% foi administrado em aprox. 0,4g / kg de peso corporal por 5 dias consecutivos (dose total de 2g/kg de peso corporal) em 51 pacientes com COVID-19 criticamente doentes, todos necessitando de cuidados intensivos com intubação e ventilação mecânica. Os biomarcadores e os resultados clínicos foram comparados aos de 42 pacientes com COVID-19 gravemente doentes que não receberam IVIG. Outros tratamentos usados em ambos os grupos de tratamento incluíram favipiravir, hidroxicloroquina, azitromicina, oseltamivir, tocilizumabe e anakinra.

Foi observada uma maior taxa de sobrevivência no grupo tratado com octagam®. No final do estudo, a sobrevida global foi de 60,8% no grupo que recebeu octagam®, contra 38,1% no grupo de controle que não recebeu IVIG (p = 0,0906 após o controle dos fatores basais), correspondendo a uma tendência de 2,2 vezes de redução do risco de morte ao receber IVIG.

Seis dias após o início do tratamento, o marcador inflamatório, a proteína C reativa (PCR), foi significativamente reduzido em 46% em relação à linha basal no grupo de IVIG, enquanto que no grupo controle não houve redução em comparação à linha basal (p = 0,0488).

O Prof. Dr. Figen Esen, Chefe do Departamento de Terapia Intensiva do Hospital Universitário de Istambul, comentou: “No ambiente de cuidados intensivos, o tratamento da sepse inclui a modulação do sistema imunológico e a resposta do hospedeiro. Embora o tratamento com IVIG na sepse tenha mostrado efeitos benéficos positivos em termos de infecção e redução da inflamação e mortalidade, a relativamente pequena quantidade de dados gerados a partir de estudos clínicos de alta qualidade impediu sua ampla incorporação nas diretrizes clínicas.

O quadro clínico grave da COVID-19 no ambiente de cuidados intensivos inclui muitas das mesmas características da sepse, porém com um caos inflamatório muito mais grave induzido pelo aumento exponencial das citocinas. Existe uma outra diferença; não temos nenhum tratamento comprovadamente eficaz, além de manipular o sistema imunológico do paciente, seja aumentando ou suprimindo.

A terapia IVIG apresenta uma escolha perfeita para modular o sistema imunológico do paciente e abrandar a situação. Embora nossos resultados tenham certas limitações, observamos no uso clínico de rotina de IVIG em pacientes graves com COVID-19, uma redução significativa da inflamação no grupo que recebeu tratamento IVIG, levando a um melhor desfecho clínico em termos de uma taxa de sobrevida que é muito maior.

Estamos felizes em ver os resultados de nossos dados levando a outros estudos multicêntricos randomizados prospectivos em pacientes graves com COVID-19 e estamos realmente muito animados para ver os resultados”.

"Esses resultados positivos do Hospital da Universidade de Istanbul parecem demonstrar as propriedades imunomoduladoras da IVIG em pacientes graves com COVID-19, reduzindo a hiperinflamação associada à síndrome de aumento exponencial das citocinas e melhorando os resultados clínicos", disse Wolfgang Frenzel, MD, Chefe do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento na Octapharma. “Temos esperança de mais resultados positivos em nosso ensaio clínico multicêntrico de Fase 3 em andamento sobre a eficácia e segurança da terapia com octagam® 10% em pacientes com COVID-19 com progressão grave da doença, atualmente sendo conduzido em vários centros de estudo nos EUA ”.

Os resultados do Hospital da Universidade de Istanbul contribuem para um crescente conjunto de evidências clínicas que sugerem o papel que a IVIG desempenha no aumento da sobrevida e na melhoria dos resultados clínicos em pacientes com COVID-19 em estado crítico, ao prevenir e/ou reduzir a hiperinflamação associada à síndrome de aumento exponencial das citocinas.

Na sequência destes dados positivos do Hospital da Universidade de Istanbul e também de um estudo prospectivo iniciado pelo investigador Dr. George Sakoulas do Sharp Memorial Hospital em San Diego, EUA, a Octapharma iniciou um estudo multicêntrico de fase 3, sobre a eficácia e segurança do octagam ® 10% em pacientes COVID-19 com progressão grave da doença

Este estudo está sendo conduzido em vários centros nos Estados Unidos e compara a eficácia e a segurança da IVIG como tratamento padrão (SOC) versus o placebo no tratamento de pacientes com COVID-19 em risco de necessitarem de ventilação mecânica.

Informações sobre octagam® 5%

Octagam® 5% é uma preparação líquida pronta para uso de imunoglobulina altamente purificada para administração intravenosa (IVIG). Foi originalmente aprovada na Europa em 1995 e hoje está aprovada em mais de 80 países em todo o mundo para o tratamento de imunodeficiências primárias e secundárias e uma variedade de outras doenças imunológicas. É aprovada como terapia de imunomodulação em trombocitopenia imune (ITP), síndrome de Guillain-Barré (GBS) e doença de Kawasaki, polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica (CIDP) e neuropatia motora multifocal (MMN) em áreas geográficas selecionadas.

Sobre a Octapharma

Sediada em Lachen, Suíça, a Octapharma é uma das maiores fabricantes de proteínas humanas do mundo, desenvolvendo e produzindo proteínas humanas a partir do plasma humano e de linhas celulares humanas. A Octapharma emprega mais de 10.000 pessoas em todo o mundo para apoiar o tratamento de pacientes em 118 países com produtos em três áreas terapêuticas: Hematologia, Imunoterapia e Cuidados Críticos.

A Octapharma tem sete locais de P&D e seis fábricas de última geração sediadas na Áustria, França, Alemanha, México e Suécia, com uma capacidade combinada de aproximadamente 8 milhões de litros de plasma por ano. Além disso, a Octapharma opera mais de 140 centros de doação de plasma na Europa e nos EUA.

Para mais informações sobre a ação da Octapharma no combate ao COVID-19, leia esse artigo.

Referências

1. Tisoncik JR, Korth MJ, Simmons CP, Farrar J, Martin TR, Katze MG. Into the eye of the cytokine storm. Microbiology and molecular biology reviews : MMBR 2012; 76(1) 16-32. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22390970

2. Lee KY. Pneumonia, Acute Respiratory Distress Syndrome, and Early Immune-Modulator Therapy. International journal of molecular sciences 2017; 18(2). https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28208675

3. Ruan Q, Yang K, Wang W, Jiang L, Song J. Clinical predictors of mortality due to COVID-19 based on an analysis of data of 150 patients from Wuhan, China. Intensive Care Med. 2020; 46: 846-848. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32125452/

4. Mehta P, McAuley DF, Brown M, Sanchez E, Tattersall RS. COVID-19: consider cytokine storm syndromes and immunosuppression. Lancet. 2020 Mar 28;395(10229):1033-1034. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32192578/

5. Calabrese LH. Cytokine storm and the prospects for immunotherapy with COVID-19. Cleveland Clinic journal of medicine 2020. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32393592

6. Wright DJM. Prevention of the cytokine storm in COVID-19. The Lancet Infectious diseases 2020. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32386610

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